Alessandri da Rocha Almeida e Frederico da Rocha Talone, acusados dos
assassinatos da empresária Martha Maria Cozac e do afilhado dela
Henrique Talone Pinheiro, serão julgados pelo 1º Tribunal do Júri de
Goiânia, nesta terça-feira (6), a partir das 8h30. O crime ocorreu em 7
de outubro de 1996 e, desde que os réus foram pronunciados, em março de
2010, esta é a quinta vez que é designada data para realização do
julgamento – em outras oportunidades, recursos da defesa impediram a
instalação da sessão do júri. O julgamento será presido pelo juiz
Eduardo Pio Mascarenhas.
O último adiamento, em 15 de março passado, foi determinado pelo
desembargador do Tribunal de Justiça de Goiás Luiz Cláudio Veiga Braga,
que atendeu pedido da defesa que alegou que o juiz responsável pela
condução do processo, Jesseir Coelho de Alcântara, não analisou
solicitação para que fosse feito exame de DNA em sangue encontrado em
cartão bancário da empresária. Conforme o advogado Paulo Teles, que
junto com os colegas Thales José Jayme e Ricardo Teles, representam os
réus, a analise comprovaria que o sangue, que já se sabe não ser das
vítimas, também não é de nenhum dos acusados, o que poderia comprovar a
inocência deles.
Os assassinatos de Martha Cozac e Henrique Talone ocorreram na
madrugada daquele dia, dentro de uma casa na Rua 132, no Setor Sul. De
acordo com a denúncia do Ministério Público de Goiás (MP-GO), Frederico
Talone havia sido contratado por Marta Cozac para trabalhar na confecção
de sua propriedade. Era uma forma de retribuir o aluguel do imóvel –
propriedade de Frederico Talone – que utilizava para morar e como sede
de sua empresa.
O crime
No dia do crime, Martha Cozac e Frederico Talone haviam acabado de chegar de uma viagem a Cristalina. A empresária, então, ligou para Frederico Talone e pediu que no dia seguinte ele levasse cheques de terceiros que havia recebido pela confecção e estavam na posse do rapaz. Contou também que o veículo de sua propriedade, um Fiat Uno, apresentou defeito na ignição depois de uma tentativa de furto.
No dia do crime, Martha Cozac e Frederico Talone haviam acabado de chegar de uma viagem a Cristalina. A empresária, então, ligou para Frederico Talone e pediu que no dia seguinte ele levasse cheques de terceiros que havia recebido pela confecção e estavam na posse do rapaz. Contou também que o veículo de sua propriedade, um Fiat Uno, apresentou defeito na ignição depois de uma tentativa de furto.
De acordo com a denúncia do MP-GO, Frederico Talone e Alessandri da
Rocha foram até a casa da empresária no mesmo dia. Chegaram ao local por
volta das 23 horas, quando a empresária já se preparava para dormir.
Martha Cozac abriu o portão do imóvel e acendeu as luzes, mandando os
dois entrarem. Segundo o MP-GO, Frederico Talone, que à época era
praticante de jiu-jitsu, e Alessandri da Rocha agrediram a mulher,
aplicando-lhe golpes em regiões estratégicas. Ela ficou desfalecida e os
dois aproveitaram para amarrar seus pés e mãos, a levaram para o quarto
e desferiram uma facada no lado esquerdo do peito.
Henrique Talone, que à época tinha 11 anos de idade, estava no quarto
e também foi amarrado, teve os olhos vendados e a boca amordaçada. O
menino levou dois golpes de faca, que foi deixada cravada em seu corpo.
Frederico Talone e Alessandri da Rocha, de acordo com a denúncia do
MPGO, se apoderaram de cheques da empresária, dinheiro, cartões
bancários e fugiram levando ainda o Fiat Uno avariado.
Ao proferir a decisão de pronúncia, em 23 de março de 2010, o juiz
Jesseir Coelho de Alcântara explicou que a materialidade delitiva estava
comprovada e, embora os acusados negassem a prática do crime, os
indícios de autoria se extraem dos depoimentos prestados pelas
testemunhas.
Fonte: TJGO
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