Com o objetivo de ampliar e qualificar o
debate sobre a regulamentação do novo Código de Processo Civil (CPC),
que entra em vigor no dia 18 de março (Lei nº 13.105/2015),
o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) inicia nesta semana consulta
pública para coletar opiniões e sugestões dos tribunais, magistrados,
advogados, acadêmicos, servidores, auxiliares da Justiça, entidades de
classe, entre outros interessados no sistema de Justiça para as novas
propostas normativas. A consulta ficará aberta até o dia 4 de abril e
tratará dos seguintes temas: comunicações processuais e Diário de
Justiça Eletrônico, leilão eletrônico, atividade dos peritos, honorários
periciais, demandas repetitivas e atualização financeira. Os
interessados devem encaminhar e-mails com manifestações objetivas e
fundamentadas, conforme instruções desta página.
A decisão de abrir o debate para a
participação da comunidade jurídica foi tomada na sessão plenária do
último dia 1º de março (Procedimento de Comissão nº
0001019-12.2016.2.00.0000). A consulta pública parte do trabalho já
realizado pelo Grupo de Trabalho criado pela Presidência do CNJ, em
dezembro de 2015, para discutir a regulamentação da norma. Ao final de
três meses, o grupo apresentou quatro minutas de resolução, que deverão
ser consideradas como base para as sugestões - os temas demandas
repetitivas e atualização financeira ainda não foram objeto de minutas,
mas também estão em discussão.
Durante a sessão plenária em que se
concluiu pela participação da comunidade jurídica nos debates, os
conselheiros ponderaram sobre a complexidade dos temas e sobre a
repercussão da decisão do CNJ no funcionamento do sistema de Justiça.
Além de eventuais críticas e sugestões, o objetivo da consulta é tornar a
discussão mais transparente e menos verticalizada. O Grupo de Trabalho
também deve realizar em breve uma audiência pública para discutir os
mesmos temas, conforme sugestão proposta pelo presidente do CNJ,
ministro Ricardo Lewandowski.
Além do conselheiro Gustavo Alkmim, o
Grupo de Trabalho do novo CPC é formado pelos conselheiros Carlos
Levenhagen, Fernando Mattos, Carlos Eduardo Dias, Arnaldo Hossepian,
Luiz Cláudio Allemand e Fabiano Silveira. Os debates também contaram com
a colaboração de outros conselheiros do CNJ, da juíza auxiliar da
Corregedoria Nacional de Justiça, desembargadora Márcia Milanez, e do
juiz auxiliar da Presidência do CNJ Bráulio Gusmão.
Fonte: CNJ
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